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17 de novembro de 2023

Motovelocidade: Moto1000GP fecha galeria de campeões de 2023

Última etapa disputada em Goiânia definiu os sete títulos ainda em aberto das dez categorias da modalidade

O Moto1000GP conheceu sete dos dez campeões da temporada 2023 na 6ª e última etapa, disputada neste fim de semana (11 e 12), em Goiânia/GO. Seis categorias ainda estavam em aberto pelo Campeonato Brasileiro de Motovelocidade e uma pelo Latino-Americano.

Cerca de 150 pilotos de 10 países travaram duelos de tirar o fôlego no Autódromo Internacional Ayrton Senna, debaixo de uma sensação térmica ambiente na casa dos 40 graus e de um asfalto que atingiu os 65 graus. O calor adicionou um toque extra de emoção, proporcionando um encerramento do ano com níveis elevados de adrenalina.

GP 1000

Na GP 1000, a principal categoria da modalidade, três pilotos chegaram com chances à Goiânia. Mas quem fez a festa foi o argentino Ramiro Gandola. Então líder na disputa, ele largou na pole e venceu as duas corridas do fim de semana. Já com a vitória na primeira prova, no sábado, Gandola havia garantido o título por antecipação.

O argentino Ramiro Gandola exibe os troféus de vencedor da etapa de Goiânia e de campeão da categoria GP 1000. Foto: Grelak Comunicação/ Divulgação
O argentino Ramiro Gandola exibe os troféus de vencedor da etapa de Goiânia e de campeão da categoria GP 1000. Foto: Grelak Comunicação/ Divulgação

O vice ficou com o carioca Pedro Lins, beneficiado pela queda do mato-grossense Gleidson “Babinha” Matsubara na última curva da segunda prova, que o fez descer para terceiro na classificação final.

“Trabalhamos muito durante todo o ano para conquistar o campeonato. Feliz em terminar 2023 assim. É um ano muito positivo para mim e agora vamos continuar trabalhando para o ano que vem ser de grandes coisas”, resumiu Gandola, que tem no currículo o pentacampeonato argentino de motovelocidade.

GP 1000 Open

A briga da GP 1000 Open estava bem acirrada. Apenas três pontos separavam os candidatos ao título Bruno “Gibi” Carvalho (MG) e Breno Pinto (AP). E o piloto do Amapá levou a melhor após chegar em quinto na segunda prova e ver o concorrente não disputá-la por problemas na moto ainda no sábado. O brasiliense William Barros chegou em segundo na prova derradeira e ficou com o terceiro lugar após seis etapas.

O amapaense Breno Pinto conquista o título na GP 1000 Open. Foto: Grelak Comunicação/Divulgação
O amapaense Breno Pinto conquista o título na GP 1000 Open. Foto: Grelak Comunicação/Divulgação

“É uma sensação inexplicável, porque a gente sofre muito durante o ano, com um acerto de moto, preparo físico, as distâncias que enfrentamos  para competir. Vamos para o ano que vem com tudo começando do zero”, declarou Breno Pinto, que levou o primeiro título de campeão brasileiro de motovelocidade para o Amapá.

GP 1000 Master

Na GP 1000 Master, o campeonato e a classificação tiveram o mesmo pódio na segunda corrida no domingo: Luiz Ferraz (SP) em primeiro, Jirios Abboud (MG) em segundo e Pablo Nunes (SC)  em terceiro.

“Eu estou muito contente com o campeonato, que vem crescendo. Acredito que o ano que vem vai estar melhor ainda, com mais pilotos, mais disputas, mais pegas e mais praças de corrida. Espero poder participar novamente para defender o título”, projetou Ferraz.

GP 600

Na GP 600, o campeão da temporada foi o brasiliense Kaká Fumaça, que garantiu a conquista na penúltima etapa, em Curvelo (MG). Ele, que estreava na categoria 600, ratificou o título ao vencer a segunda corrida, no domingo. O paraguaio Pedro Valiente, que ganhou a primeira prova no sábado, terminou o ano com o vice, seguido de Leandro Pardini (SP).

O Moto1000GP teve seis etapas em 2023, abrindo e fechando a temporada em Goiânia. Foto: Grelak Comunicação/Divulgação
O Moto1000GP teve seis etapas em 2023, abrindo e fechando a temporada em Goiânia. Foto: Grelak Comunicação/Divulgação

GP 600 Light

O pernambucano Fernando Amorim cruzou a linha de chegada em terceiro na primeira corrida, no sábado, e levantou o troféu da GP 600 Light por antecipação. O seu concorrente direto ao título, o mato-grossense Wilson “Chefinho” Aguiar, foi o quarto na mesma prova e não poderia mais alcançar Amorim na pontuação.

GP 600 Master

A GP 600 Master teve como campeão o paulista Marcos Kawasaki, que ficou em segundo na prova de domingo. O curioso é que ele exerce a profissão de médico e é o diretor médico da competição. Já o vice-campeão Olimpio Filho (DF) fechou a temporada vencendo.

GP 300

Na GP 300, o paulista João Fascineli já havia conquistado o título por antecipação na penúltima etapa, em outubro. Ele travou um duelo emocionante com o vice-campeão Heitor Ourinho, de apenas 11 anos. Ourinho fez a pole e ganhou as duas corridas do fim de semana em Goiânia, vencendo Fascineli na segunda prova por apenas 25 milésimos de segundo.

João Fascineli (esq) e Heitor Ourinho, de apenas 11 anos, travaram um duelo de alto nível durante a temporada. Foto: Grelak Comunicação/Divulgação
João Fascineli (esq) e Heitor Ourinho, de apenas 11 anos, travaram um duelo de alto nível durante a temporada. Foto: Grelak Comunicação/Divulgação

GP 300 Master

A GP 300 Master era outra categoria com diferença mínima entre os dois postulantes ao título – somente 2 pontos antes da etapa final. O líder Hilton Loureiro (AL) teve problemas na sua moto na segunda prova. Elton Coe Nunes (GO) aproveitou e não só venceu a corrida como também faturou o seu terceiro título na categoria.

Yamalube América Latina

No maior campeonato monomarca da América Latina, a Yamalube, quatro pilotos disputavam o título latino-americano na categoria Talent (12 a 22 anos). O brasileiro Guilherme “Foguetinho” Fernandes, de 15 anos, levou o troféu com dois 7º lugares no fim de semana.

O outro brasileiro, Kevin Fontainha, ficou em segundo – mesmo vencendo a primeira corrida no sábado e chegando em segundo no domingo. O piloto paraense estreou neste ano no Mundial de SuperBike e já conquistou o vice-campeonato europeu e brasileiro.

A Yamalube é a categoria que premia os campeões latino-americanos com patrocínio para os campeonatos europeus. Foto: Grelak Comunicação/ Divulgação
A Yamalube é a categoria que premia os campeões latino-americanos com patrocínio para os campeonatos europeus. Foto: Grelak Comunicação/ Divulgação

A categoria Cup (pilotos a partir de 23 anos) teve o seu campeão definido com uma rodada de antecedência. Bruno Ribeiro levou o bicampeonato do Yamalube R3 bLU cRU América Latina. Ele ficou em 4º e 2º no sábado e domingo, respectivamente. Já o vice-campeão Fabrício Zamperetti foi o vencedor nas duas provas finais.

Pilotos do Brasil e da Argentina concentraram a disputa em 2023, mas a categoria bLU cRU América Latina ainda reúne pilotos de outras oito nações: México, Peru, Colômbia, Costa Rica, Chile, Paraguai, Equador e Itália.

Pré-calendário 2024 tem oito etapas

O Moto1000GP já tem definidas as datas das oito etapas que vão integrar a temporada 2024 do Campeonato Brasileiro de Motovelocidade. O pré-calendário definiu que a primeira etapa ocorrerá entre os dias 13 e 14 de abril e o encerramento nos dias 9 e 10 de novembro.

A grande novidade para o próximo ano é a ampliação no número de etapas. O calendário de 2023 foi composto por seis.

A temporada deste ano ficará marcada pelo triste acidente na 4ª etapa, em Cascavel (PR), com o grave acidente logo na primeira volta, que vitimou os pilotos Érico Veríssimo da Rocha (PE) e André Veríssimo Cardoso (SP).

Classificação final da Moto1000GP

GP 1000

1 Ramiro Gandola (Argentina/Kawasaki/Agem Racing Team) – 179 pontos

2 Pedro Lins  (RJ/BMW/Centermoto Racing) – 126

3 Peri Cunha (SP/BMW/Team Bluefit Dezero) – 115

GP 1000 Open

1 Breno Pinto (AP/Yamaha/PRT-M78 Yamaha Racing) – 189 pontos

2 Bruno “Gibi” Carvalho (MG/Kawasaki/Dazzi Racing) – 143

3 William Barros (DF/Kawasaki/Motobel Brothers) – 128

GP 1000 Master

1 Luiz Ferraz (SP/BMW/Procomps XI Race Team) – 229,5 pontos

2 Jirios Abboud (MG/Kawasaki/Norte Minas Racing Team) – 212

3 Pablo Nunes (SC/Yamaha/PRT-AD78 Yamaha Racing) – 146

GP 600

1 Kaká Fumaça (DF/Kawasaki/Centermoto Racing) – 273 pontos

2 Pedro Valiente (Paraguai/Yamaha/PRT Racing Team) – 206

3 Leandro Pardini (SP/Kawasaki/PRT Racing Team) – 100

GP 600 Light

1 Fernando Amorim (PE/Kawasaki/PRT Racing Team) – 201,5 pontos

2 Wilson Aguiar “Chefinho” (MT/Kawasaki/MotorBike) – 169

3 William Maik (MT/Kawasaki/Motorbike) – 150,5

GP 600 Master

1 Marcos Kawasaki (SP/Kawasaki/PRT Racing Team) – 241 pontos

2 Olimpio Filho  (DF/Kawasaki/Kavo Racing Team) – 86

3 Ayres Filhos (SP/Kawasaki/Luvizotto Racing Team) – 67

GP 300

1 João Fascineli (SP/Kawasaki/Fascineli Racing) – 280 pontos

2 Heitor Ourinho (BA/Kawasaki/PRT Racing Team ) – 170,5

3 Gustavo Viana (MT/Kawasaki/Tecfil Racing) – 125,5

GP 300 Master

1 Elton Nunes Coe (GO/Kawasaki/GT Racing Motosport) – 224,5 pontos

2 Hilton Loureiro (AL/Kawasaki/Garagem 77 Racing Team) – 221

3 Tiago Crespo (RJ/Kawasaki/DRT Racing Team) – 103

Yamalube R3 bLU cRU Talent 

1 Guilherme “Foguetinho” Fernandes (Brasil) – 187 pontos

2 Kevin Fontainha (Brasil) – 175

3 Nahuel Santamaria (Argentina) – 151

Yamalube R3 bLU cRU CUP

1 Bruno Ribeiro (Brasil) – 254 pontos

2 Fabrício Zamperetti (país) – 210

3 William Piui (Brasil) – 167

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