Motovelocidade: Moto1000GP fecha galeria de campeões de 2023
Última etapa disputada em Goiânia definiu os sete títulos ainda em aberto das dez categorias da modalidade
O Moto1000GP conheceu sete dos dez campeões da temporada 2023 na 6ª e última etapa, disputada neste fim de semana (11 e 12), em Goiânia/GO. Seis categorias ainda estavam em aberto pelo Campeonato Brasileiro de Motovelocidade e uma pelo Latino-Americano.
Cerca de 150 pilotos de 10 países travaram duelos de tirar o fôlego no Autódromo Internacional Ayrton Senna, debaixo de uma sensação térmica ambiente na casa dos 40 graus e de um asfalto que atingiu os 65 graus. O calor adicionou um toque extra de emoção, proporcionando um encerramento do ano com níveis elevados de adrenalina.
GP 1000
Na GP 1000, a principal categoria da modalidade, três pilotos chegaram com chances à Goiânia. Mas quem fez a festa foi o argentino Ramiro Gandola. Então líder na disputa, ele largou na pole e venceu as duas corridas do fim de semana. Já com a vitória na primeira prova, no sábado, Gandola havia garantido o título por antecipação.

O vice ficou com o carioca Pedro Lins, beneficiado pela queda do mato-grossense Gleidson “Babinha” Matsubara na última curva da segunda prova, que o fez descer para terceiro na classificação final.
“Trabalhamos muito durante todo o ano para conquistar o campeonato. Feliz em terminar 2023 assim. É um ano muito positivo para mim e agora vamos continuar trabalhando para o ano que vem ser de grandes coisas”, resumiu Gandola, que tem no currículo o pentacampeonato argentino de motovelocidade.
GP 1000 Open
A briga da GP 1000 Open estava bem acirrada. Apenas três pontos separavam os candidatos ao título Bruno “Gibi” Carvalho (MG) e Breno Pinto (AP). E o piloto do Amapá levou a melhor após chegar em quinto na segunda prova e ver o concorrente não disputá-la por problemas na moto ainda no sábado. O brasiliense William Barros chegou em segundo na prova derradeira e ficou com o terceiro lugar após seis etapas.

“É uma sensação inexplicável, porque a gente sofre muito durante o ano, com um acerto de moto, preparo físico, as distâncias que enfrentamos para competir. Vamos para o ano que vem com tudo começando do zero”, declarou Breno Pinto, que levou o primeiro título de campeão brasileiro de motovelocidade para o Amapá.
GP 1000 Master
Na GP 1000 Master, o campeonato e a classificação tiveram o mesmo pódio na segunda corrida no domingo: Luiz Ferraz (SP) em primeiro, Jirios Abboud (MG) em segundo e Pablo Nunes (SC) em terceiro.
“Eu estou muito contente com o campeonato, que vem crescendo. Acredito que o ano que vem vai estar melhor ainda, com mais pilotos, mais disputas, mais pegas e mais praças de corrida. Espero poder participar novamente para defender o título”, projetou Ferraz.
GP 600
Na GP 600, o campeão da temporada foi o brasiliense Kaká Fumaça, que garantiu a conquista na penúltima etapa, em Curvelo (MG). Ele, que estreava na categoria 600, ratificou o título ao vencer a segunda corrida, no domingo. O paraguaio Pedro Valiente, que ganhou a primeira prova no sábado, terminou o ano com o vice, seguido de Leandro Pardini (SP).

GP 600 Light
O pernambucano Fernando Amorim cruzou a linha de chegada em terceiro na primeira corrida, no sábado, e levantou o troféu da GP 600 Light por antecipação. O seu concorrente direto ao título, o mato-grossense Wilson “Chefinho” Aguiar, foi o quarto na mesma prova e não poderia mais alcançar Amorim na pontuação.
GP 600 Master
A GP 600 Master teve como campeão o paulista Marcos Kawasaki, que ficou em segundo na prova de domingo. O curioso é que ele exerce a profissão de médico e é o diretor médico da competição. Já o vice-campeão Olimpio Filho (DF) fechou a temporada vencendo.
GP 300
Na GP 300, o paulista João Fascineli já havia conquistado o título por antecipação na penúltima etapa, em outubro. Ele travou um duelo emocionante com o vice-campeão Heitor Ourinho, de apenas 11 anos. Ourinho fez a pole e ganhou as duas corridas do fim de semana em Goiânia, vencendo Fascineli na segunda prova por apenas 25 milésimos de segundo.

GP 300 Master
A GP 300 Master era outra categoria com diferença mínima entre os dois postulantes ao título – somente 2 pontos antes da etapa final. O líder Hilton Loureiro (AL) teve problemas na sua moto na segunda prova. Elton Coe Nunes (GO) aproveitou e não só venceu a corrida como também faturou o seu terceiro título na categoria.
Yamalube América Latina
No maior campeonato monomarca da América Latina, a Yamalube, quatro pilotos disputavam o título latino-americano na categoria Talent (12 a 22 anos). O brasileiro Guilherme “Foguetinho” Fernandes, de 15 anos, levou o troféu com dois 7º lugares no fim de semana.
O outro brasileiro, Kevin Fontainha, ficou em segundo – mesmo vencendo a primeira corrida no sábado e chegando em segundo no domingo. O piloto paraense estreou neste ano no Mundial de SuperBike e já conquistou o vice-campeonato europeu e brasileiro.

A categoria Cup (pilotos a partir de 23 anos) teve o seu campeão definido com uma rodada de antecedência. Bruno Ribeiro levou o bicampeonato do Yamalube R3 bLU cRU América Latina. Ele ficou em 4º e 2º no sábado e domingo, respectivamente. Já o vice-campeão Fabrício Zamperetti foi o vencedor nas duas provas finais.
Pilotos do Brasil e da Argentina concentraram a disputa em 2023, mas a categoria bLU cRU América Latina ainda reúne pilotos de outras oito nações: México, Peru, Colômbia, Costa Rica, Chile, Paraguai, Equador e Itália.
Pré-calendário 2024 tem oito etapas
O Moto1000GP já tem definidas as datas das oito etapas que vão integrar a temporada 2024 do Campeonato Brasileiro de Motovelocidade. O pré-calendário definiu que a primeira etapa ocorrerá entre os dias 13 e 14 de abril e o encerramento nos dias 9 e 10 de novembro.
A grande novidade para o próximo ano é a ampliação no número de etapas. O calendário de 2023 foi composto por seis.
A temporada deste ano ficará marcada pelo triste acidente na 4ª etapa, em Cascavel (PR), com o grave acidente logo na primeira volta, que vitimou os pilotos Érico Veríssimo da Rocha (PE) e André Veríssimo Cardoso (SP).
Classificação final da Moto1000GP
GP 1000
1 Ramiro Gandola (Argentina/Kawasaki/Agem Racing Team) – 179 pontos
2 Pedro Lins (RJ/BMW/Centermoto Racing) – 126
3 Peri Cunha (SP/BMW/Team Bluefit Dezero) – 115
GP 1000 Open
1 Breno Pinto (AP/Yamaha/PRT-M78 Yamaha Racing) – 189 pontos
2 Bruno “Gibi” Carvalho (MG/Kawasaki/Dazzi Racing) – 143
3 William Barros (DF/Kawasaki/Motobel Brothers) – 128
GP 1000 Master
1 Luiz Ferraz (SP/BMW/Procomps XI Race Team) – 229,5 pontos
2 Jirios Abboud (MG/Kawasaki/Norte Minas Racing Team) – 212
3 Pablo Nunes (SC/Yamaha/PRT-AD78 Yamaha Racing) – 146
GP 600
1 Kaká Fumaça (DF/Kawasaki/Centermoto Racing) – 273 pontos
2 Pedro Valiente (Paraguai/Yamaha/PRT Racing Team) – 206
3 Leandro Pardini (SP/Kawasaki/PRT Racing Team) – 100
GP 600 Light
1 Fernando Amorim (PE/Kawasaki/PRT Racing Team) – 201,5 pontos
2 Wilson Aguiar “Chefinho” (MT/Kawasaki/MotorBike) – 169
3 William Maik (MT/Kawasaki/Motorbike) – 150,5
GP 600 Master
1 Marcos Kawasaki (SP/Kawasaki/PRT Racing Team) – 241 pontos
2 Olimpio Filho (DF/Kawasaki/Kavo Racing Team) – 86
3 Ayres Filhos (SP/Kawasaki/Luvizotto Racing Team) – 67
GP 300
1 João Fascineli (SP/Kawasaki/Fascineli Racing) – 280 pontos
2 Heitor Ourinho (BA/Kawasaki/PRT Racing Team ) – 170,5
3 Gustavo Viana (MT/Kawasaki/Tecfil Racing) – 125,5
GP 300 Master
1 Elton Nunes Coe (GO/Kawasaki/GT Racing Motosport) – 224,5 pontos
2 Hilton Loureiro (AL/Kawasaki/Garagem 77 Racing Team) – 221
3 Tiago Crespo (RJ/Kawasaki/DRT Racing Team) – 103
Yamalube R3 bLU cRU Talent
1 Guilherme “Foguetinho” Fernandes (Brasil) – 187 pontos
2 Kevin Fontainha (Brasil) – 175
3 Nahuel Santamaria (Argentina) – 151
Yamalube R3 bLU cRU CUP
1 Bruno Ribeiro (Brasil) – 254 pontos
2 Fabrício Zamperetti (país) – 210
3 William Piui (Brasil) – 167
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