11 de abril de 2025

NASCAR Brasil: pilotos MILITEC 1 duelam para ser “rei da velocidade” em Londrina

Embora tenham recordes distintos em corrida e classificação, Júlio Campos e Vitor Genz aceleram forte na etapa paranaense, neste fim de semana, buscando manter a liderança da temporada e a marca histórica

A temporada 2025 da NASCAR Brasil Series vai esquentando, neste fim de semana (12 e 13 de abril), o sol do interior paranaense será o pano de fundo para mais uma etapa eletrizante: a #SunsetLondrina.

Para completar, o time MILITEC 1 encara a pista de Londrina com um sabor especial e uma disputa interna que promete dar ainda mais motivação aos competidores.

Isso porque Júlio Campos e Vitor Genz, ambos pilotos da equipe, duelam palmo a palmo pelo posto de “rei da velocidade” no traçado paranaense. O curitibano, do Ford Mustang #7, carimbou o recorde de volta mais rápida durante a corrida em 2023, durante a Corrida Noturna, com um tempo de 1min26s649. Não por acaso, ele encara Londrina com carinho extra:

“Londrina é uma pista que eu gosto muito, acaba sendo a nossa corrida de casa, né? Depois que o autódromo de Curitiba saiu dos calendários, Londrina e Cascavel são as corridas de casa para nós, paranaenses”, afirma Campos, garantindo que manter esse recorde será um dos seus objetivos do fim de semana no Norte paranaense.

Júlio Campos no pódio em Campo Grande antes da penalização na NASCAR Brasil 2025

Vitor Genz se destaca com recordes de volta rápida nas classificações

Enquanto isso, do outro lado do boxe, vem o gaúcho Vitor “Galo” Genz, que não fica atrás na estatística, e muito menos na pista. Ele detém o recorde de volta mais rápida no treino classificatório, duas vezes seguidas: em 2023 (1min25s704) e 2024 (1min26s735). Ah, e foi dele também a Super Pole no ano passado.

Há ainda um ingrediente a mais nesta rivalidade saudável dentro do time MILITEC 1. O piloto do Chevrolet Camaro #46 fez a pole em 2023, mas a vitória foi de Campos, com Genz em segundo. Ou seja, é emoção do início ao fim.

Genz, Campos e Seid conversam após a corrida em Campo Grande na NASCAR Brasil 2025

Genz correndo com lastro de 30 quilos

Este ano, Genz chega a Londrina como líder do campeonato, após uma vitória e um terceiro lugar na etapa de abertura em Campo Grande (MS), em março. O que lhe rende um “presente” do regulamento: 30 quilos extras no carro.

“Esse peso extra tira uns três décimos por volta. Numa classificação tão apertada, faz a diferença. Mas, nosso foco é manter uma média forte de resultados, ser consistente e seguir brigando pelo título”, diz o piloto, que também destaca o desafio único da etapa.

Vitor Genz com o carro #46 vence a corrida de abertura da NASCAR Brasil 2025

“Correr no fim de tarde é complicado. Tem aquele momento em que nem o sol nem o farol ajudam a enxergar direito. Já passei por isso em provas longas, como as 12 Horas de Tarumã, e espero usar essa experiência em Londrina.”

Alex Seid busca virar a página em Londrina

Por outro lado, outro que chega com sede de superação é Alex Seid, que faz dupla com Julio Campos. Ele encara Londrina como seu maior desafio pessoal na categoria.

“Já tive de tudo lá: liderava a corrida e queimou o cabo do alternador, larguei mal em outras e tive que vir escalando o pelotão. No entanto, minha melhor lembrança foi em 2020, numa Special Edition, quando consegui três ultrapassagens na reta e cheguei em quinto. Ainda assim, confesso que Londrina, pra mim, é mais sobre superação do que boas lembranças”, brinca Seid.

“Este ano, porém, quero mudar essa história e trazer dois bons resultados. A pista é traiçoeira, qualquer erro cobra caro. Além disso, em Campo Grande, não conseguimos treinar direito, portanto, a meta agora é andar bem desde o início e fugir das confusões”, complementa.

Alex Seid e Júlio Campos formam dupla no Ford Mustang #7 da NASCAR Brasil 2025

Com o pôr do sol emoldurando a pista na primeira corrida, a partir das 17h30 de sábado (12), a promessa é de mais um capítulo intenso na história da NASCAR Brasil, e especialmente na rivalidade amigável entre os craques do time MILITEC 1.

Disputas intensas e toques polêmicos

Depois de toda a expectativa, a temporada 2025 da NASCAR Brasil começou com tudo em Campo Grande (MS), nos dias 22 e 23 de março. Houve disputas intensas, toques polêmicos, arquibancada cheia e um grid estrelado com nomes como Vitor Genz, Júlio Campos, Rubens Barrichello, Cacá Bueno e Gabriel Casagrande.

E quem largou na frente com estilo foi o time MILITEC 1! Genz, atual campeão da categoria, cravou a pole e venceu a primeira corrida do ano com autoridade. No domingo, ainda subiu ao pódio com um terceiro lugar, herdado após punições.

“Melhor começo de temporada que esse não há. É um ano que promete muita disputa, com uma galera muito forte no grid”, disse.

Genz, Casagrande e Barrichello no pódio da etapa de Campo Grande na NASCAR Brasil 2025

Na visão de Thiago Marques, idealizador da NASCAR Brasil, a abertura foi um show: “A MILITEC já abriu ganhando com o Vitor Genz, e esse ano recebemos os melhores pilotos e equipes do país. A régua subiu lá no alto!”

Ainda segundo o organizador, a vitória do piloto gaúcho, quase de ponta a ponta, foi pura emoção para a torcida da MILITEC Brasil. “E o melhor é que essa temporada só está começando!”, destacou.

Gestão das equipes dá um salto de qualidade

Por outro lado, a NASCAR Brasil não evoluiu só na pista, mas também nos bastidores. A grande novidade do ano é a chegada de quatro das principais equipes do automobilismo nacional para gerenciar os carros da categoria. Cada equipe agora cuida de seis protótipos, trazendo mais profissionalismo, organização e, claro, mais emoção para o campeonato.

Quem está sentindo essa mudança de perto é Vitor Genz, que além de pilotar, também atua como chefe de equipe da RMattheis. O trabalho começou cedo e foi intenso.

“Refizemos o carro inteiro. Pilotar pela RMattheis é especial. Já trabalhei com eles no passado, quando fui assessor do Felipe Massa durante sua transição da Fórmula 1 para os carros de turismo. Foram dois anos juntos, e esse entrosamento agora faz toda a diferença”, contou o gaúcho.

Ford Mustang #7 de Júlio Campos e Alex Seid, da equipe MX Vogel, na NASCAR Brasil 2025

Além disso, com essa nova estrutura, os pilotos ganham ainda mais suporte técnico e estratégico. “Consequentemente, os engenheiros e mecânicos estão ainda mais próximos dos pilotos, o que só fortalece a categoria. Dessa forma, vamos ver muita evolução até o final da temporada”, completou Alex Seid.

Carros tratados com MILITEC 1

Os carros da NASCAR Brasil possuem chassis tubulares, como as bolhas do Mustang e do Camaro. Eles aceleraram com motor V6 3.6, de 300 cavalos de potência e 40 kgfm de torque, pesando cerca de 1.000 kg.

Todos os veículos são tratados com MILITEC 1, produto líder no segmento. A MILITEC Brasil mantém o apoio que traz à Sprint Race desde o seu início, em 2012.